domingo, 21 de julho de 2013

Um passeio com a luz como companhia

Terminou hoje o Noor Mouraria Light Walk. Palavras inglesas (à excepção de noor - luz, em árabe) para designar um evento que animou as últimas noites deste bairro tão cosmopolita e tão em voga ultimamente. Das várias ideias postas em prática no percurso entre o Largo do Caldas e a Rua da Mouraria destaco a forma como foi iluminado o interior das igrejas, os manequins trabalhados com muita imaginação no Largo da Severa, as magníficas fotografias do interior da Igreja de S. Lourenço, da autoria de Vítor Barros, e alguns pormenores como este aqui em baixo. 


A surpresa manifestada por quem vinha de fora, e foram muitos os que quiseram ir ver a Mouraria a uma nova luz, juntava-se à surpresa dos próprios moradores por verem o seu bairro brilhar mesmo em noites sem Lua cheia.

domingo, 14 de julho de 2013

Mais um ano de cartoons

Se o que estava previsto se cumpriu já não se pode visitar o World Press Cartoon 2013 em Sintra. Eu fui a tempo e por isso pude apreciar os magníficos cartoons em exposição. Tal como sempre aconteceu, nos dias que passam temas não faltam. E já que temos tantos motivos para ficarmos tristes porque não sorrirmos com eles?


sábado, 13 de julho de 2013

Solista

Mais acima um artista de circo apresenta o seu número com fogo. Muitas pessoas, à sua volta, vão apreciando o espectáculo. Antes disso, ainda, um grupo de músicos andinos tenta impressionar os turistas sentados na esplanada.
Ele, vestindo um fato de cerimónia, continua sentado não muito longe da entrada da igreja, serenamente, a tocar o violoncelo. O burburinho causado pelos que passam não parece afectá-lo. Ninguém se detém. Mas também isso não o perturba. Toca para si. No entanto uma moeda é sempre bem-vinda.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A urgência (2)

Não estava mais ninguém na estação àquela hora. A quantidade de cartões verdes que tinha comigo não ajudava a ser rápida na compra do bilhete de comboio que me levaria a Lisboa nesse princípio de noite. De repente um homem, cujo andar demonstrava o que já tinha bebido, aproximou-se e disse-me que queria apanhar o comboio. Ao princípio não o percebi. Mas depois entendi que o dinheiro que tinha não lhe chegava para o bilhete e queria passar atrás de mim, quando a cancela se abrisse. Disse-lhe que sim.
Perante a minha demora em atinar com o cartão e os trocos ele atirou:
- Vá lá, depressa, que eu quero ir para casa!