segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Parabéns, TSF!

O meu pai era radiotelegrafista. Por isso a sigla TSF era-me familiar desde a infância. Quanto à rádio que faz hoje anos, não sei bem quando comecei a ouvi-la. Mas deve ter sido logo no início. Muitos foram os programas que fui acompanhando ao longo dos anos. Por ser impossível falar de todos destaco os de humor (os textos do Herman que são já peças históricas) e os Sinais do Fernando Alves. Ainda hoje é a rádio que mais ouço. É aquela que me desperta pela manhã e a que está em primeiro lugar na memória do rádio do carro. 
Muitas vezes damos parabéns só porque tem que ser. Neste caso os parabéns são sentidos. 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

É um combinado número...

No sábado passado, uma sessão de cinema tardia e alguma fome levaram-me ao Galeto. Gosto de lá ir de vez em quando. Agrada-me o espaço e comer um combinado que se pede pelo número acompanhado de uma imperial. Mas a verdade é que os preços são muito altos para o que se come (agravado pela diferença a partir das 22 horas) e a forma como somos atendidos também nem sempre é a melhor. 
Bem, mas como está a fazer 50 anos perdoam-se algumas coisas menos boas. Da próxima vez, quando me sentar ao balcão, talvez tenha sorte com o empregado.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A ver passar os comboios

                                                         Foto aqui

O filme tem já 20 anos. Para alguns ele só dirá algo a um público específico. Para outros é uma obra prima. Houve quem o quisesse censurar e quem o quisesse apresentar de um ponto de vista pedagógico. O seu mérito, parece-me, é não haver nele a perspectiva da droga enquanto problema de saúde pública, de segurança, por via dos crimes associados ao seu tráfico, enquanto causa de destruição familiar, ou outra mais comum quando se aborda este tema. Aqui a droga, do ponto de vista das personagens, é uma escolha, um caminho possível para a felicidade. Os juízos de valor ficam para quem está de fora. Permite pensar, analisar, discutir. E apesar de datado não está desactualizado. 
E se o filme não está desactualizado muito menos a sua banda sonora que ainda hoje ouço com o mesmo prazer.


sábado, 13 de fevereiro de 2016

Mark Rylance

Ainda não vi o filme "Bridge of spies" (nem "O Legado de Rocky"). Mas este ano os nomeados para melhor actor secundário nos Óscares vão todos muito bem. No entanto, se é verdade que gostei tanto de Tom Hardy sei que Mark Rylance é, há alguns anos,  um dos meus actores favoritos. Aqui está ele com outro grande actor, Stephen Fry, numa cena da magnífica produção do Teatro The Globe para a peça de Shakespeare, "Twelfth Night" (que vi há pouco tempo na RTP2).

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Sucessor à altura?

Ainda na sequência do post anterior: 
Deixe lá Pedro Chagas Freitas! Quem sabe para o ano...
Depois da leitura destes trechos de um livro que podemos encomendar já autografado e cujo título, Eu Sou Deus, constitui certamente uma aproximação ao pensamento filosófico de Santo Agostinho, fiquei com a certeza de que este autor está certamente muito bem posicionado para chegar lá:
"O que mais dói é a subfelicidade (...) A subfelicidade é o piso -1 da felicidade. E não há elevador algum que te leve a subir de piso. Tens de ser tu a pegar nas tuas perninhas e a subir as escadas. Anda daí (...) Espero que estejas bem seguro nessa cadeira quando leres o que aí vem no próximo parágrafo. (...) A felicidade, quando é felicidade, é só felicidade. E tudo o que existe, quando existe felicidade, é a felicidade. Só ela e tu. Ela em ti. Ela em todo o tu." 
Excertos de um texto mais longo que me chegou via Facebook 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Depois disto só o Nobel...

Para lá do título da notícia em que um pronome demonstrativo resume todo um nome parecendo que, quem redigiu a notícia, não o queria pronunciar ficámos a saber que uma entidade que atribui uns tais Prémios Cinco Estrelas tinha elaborado um questionário e perguntado a 28 mil portugueses (ena tantos!) quem é o melhor escritor do país. Parece que uma das variáveis a ter em conta era a "qualidade da escrita". Ora, partindo do princípio que a notícia é fidedigna e que uma "amostra" de 28 mil portugueses não é uma coisa de somenos, ficamos então a saber que "José Rodrigues dos Santos é considerado pelos portugueses o melhor escritor nacional".
Mas analisando melhor a forma como o prémio funciona colocam-se várias questões: foi o próprio a candidatar-se? Havia mais concorrentes na sua categoria? Quem constituía o "comité de avaliação"? Os "testes de experimentação" consistiam exactamente em quê? Será que não houve uma troca dos "questionários de avaliação massificada" com algum dos produtos de marca registada concorrentes?...
O que me preocupa no meio disto tudo (eu que já li contracapas e algumas passagens dos seus livros - isto para não dizerem: - lá estão estas pessoas a falar mal do que não conhecem) é que um dos benefícios dados aos vencedores é "um plano de comunicação implementado pela organização do Prémio Cinco Estrelas que inclui Televisão, Imprensa, Exterior e Digital". Livra-te! Ainda mais!?  Queres ver que agora, além do próprio em cartão à porta das livrarias, vamos ter que (à semelhança dos cartões de aniversário com música) o ouvir lendo algumas passagens dos seus "romances"? Bolas! Ou melhor, estrelas!

Os novos filmes para adultos

A OMS lá terá as suas razões. E certamente são válidas e para o bem de todos nós. A Disney já tinha, há algum tempo, decidido não incluir nos seus filmes cenas com personagens a fumar. A alteração de hábitos de consumo de tabaco, objectivo mundial, terá que avançar em várias frentes, é certo.
Por outro lado, na realidade, a classificação de filmes para adultos só dará mais vontade aos adolescentes de os verem. 
Cabe aos pais dar uma opinião. Eu não aconselharia as minhas filhas a não verem filmes por causa dessa situação. E a verdade é que a actriz Lauren Bacall, de quem se fala sempre que se quer ilustrar o assunto, morreu com 89 anos...


                                                        Lauren Bacall no filme Dark Passage, 1947